Favoritismo francês, vantagem alvinegra: Botafogo e PSG se reencontram após 41 anos

Se o Botafogo corrigir isso contra o PSG… Veja a análise tática!

PSG e Botafogo fazem, nesta quinta-feira, às 22h, pela Copa do Mundo de Clubes, o segundo jogo da história entre os dois clubes. O favoritismo está do lado francês, mas no histórico o saldo positivo é do Glorioso.

O único confronto entre os dois times ocorreu há 41 anos, em 6 de agosto de 1984. Na época, o Alvinegro venceu o PSG de virada por 3 a 1, em torneio amistoso disputado em Genebra, na Suíça. Os gols foram de Baltazar, duas vezes, e Helinho — o bósnio Safet Susic marcou para o time francês.

Apesar do confronto de 2025 ser entre os atuais detentores dos títulos da Libertadores e da Liga dos Campeões, há quatro décadas a situação era diferente. O time francês não tinha a supremacia nacional de hoje e dividia o protagonismo com outros clubes.

Goleiro do time na época, Paulo Sérgio, que defendeu as cores do Botafogo por cinco anos, relembra a conquista e o contexto na década de 1980.

1 de 2 Time do Botafogo campeão do torneio em Genebra — Foto: Reprodução

Time do Botafogo campeão do torneio em Genebra — Foto: Reprodução

— PSG não era um time de primeira linha, não, mas era um grande time da França na época, com jogadores da seleção do país. Lembro que tinha o Luis Fernández, até troquei camisa com ele — contou ao ge.

— Disputamos dois torneios, um em Paris, mas não enfrentamos o PSG. Por isso, foi importante esse de Genebra, porque não fomos bem no primeiro, e, quando fomos pra Suíça, todos achavam que o Botafogo não estava jogando nada. Na época, não ganhávamos títulos, na década de 80 o Flamengo estava ganhando tudo no Rio de Janeiro. E aí conseguimos um título internacional. A torcida ficou muito contente. A gente meio que fez o pacto depois de perdermos o torneio de Paris. Falamos: “A gente tem que ganhar, os caras não são isso tudo, não.”

Paulo Sérgio lembra, também, que a conquista foi em um dos três períodos em que o futebol do Botafogo foi comandado por Luizinho Drummond, banqueiro do jogo do bicho, falecido em 2020. Ele também foi presidente da Imperatriz Leopoldinense.

— Ele deu muita grana para a gente lá, foi muito bom (…). E tudo era pago em dólar. A gente tinha diária, premiação, era muito legal. E o Botafogo também ganhava dinheiro, né? Essas excursões eram muito boas, e a gente viajava bastante — disse ele, que não lembra o valor exato do que recebeu, mas confirma que essas viagens ajudavam significativamente no montante do salário.

2 de 2 Botafogo no Torneio de Genebra — Foto: Reprodução/Jornal dos Sports

Botafogo no Torneio de Genebra — Foto: Reprodução/Jornal dos Sports

Com o exemplo do pacto feito para vencer há mais de 40 anos, ao mesmo tempo com alegria para jogar, o ex-goleiro, hoje com 70 anos, opina qual deve ser a estratégia do Botafogo nesta noite.

— Se o Botafogo ficar atrás o tempo todo, vai tomar pressão, e uma hora ou outra uma bola vai entrar, e aí não vai ter como reagir. Tem que sair, jogar como o Botafogo vem jogando. Óbvio que tem que evitar os espaços, porque o PSG está em uma excelente fase. Eles são os favoritos, mas não dá pra abdicar de jogar.

— Eu sempre pensei o seguinte: jogar é um prazer, sempre. Você tem que jogar com alegria, com disposição. Se você só se defender, não tem graça nenhuma — concluiu.

O Botafogo já enfrentou equipes francesas ou combinados franceses (como PSG-Marseille em 1975) em 19 oportunidades. São 13 vitórias, três empates e apenas três derrotas.

PSG e Botafogo entram em campo às 22h (horário de Brasília) desta quinta-feira. A partida será no Rose Bowl, em Los Angeles, estádio em que a seleção brasileira conquistou o tetracampeonato da Copa do Mundo em 1994, sobre a Itália.

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